
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), nomeou o ex-secretário de Meio Ambiente do governo de Antonio Anastasia (PSDB), Adriano Magalhães Chaves, para o cargo de secretário de Estado adjunto de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino.
O novo secretário responde a quatro processos. Em um deles, o autor é o próprio Estado, que pede por indenização de dano material. Ele também teria agido para favorecer a atuação de uma mineradora no Estado.
Em uma denúncia feita pelo Ministério Público de Minas Gerias, Adriano responde ainda por prevaricação, improbidade administrativa, omissão de documentos e associação criminosa.
Em 2014, ainda como secretário, ele foi acusado por ter agido em favor da mineradora MMX, do empresário Eike Batista, em Minas. Segundo a denúncia protocolada pelo MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), o ex-secretário teria ocultado autos de fiscalização e infração contra a empresa e, também, facilitado licenças ambientais.

A denúncia apresentada pelo MPMG diz que a mineradora atuava nos municípios de Igarapé, São Joaquim de Bicas e Brumadinho (todos na região metropolitana de BH). Todas as três administrações municipais solicitaram à Secretaria de Meio Ambiente o embargo das obras pelo potencial de causar danos irreparáveis ao patrimônio cultural e natural. Contudo, as obras não foram embargadas pela secretaria.
Em nota (confira na íntegra abaixo), o Governo de Minas defendeu a nomeação de Adriano e justificou a opção. “A escolha foi realizada por meio de processo seletivo, que exigia do candidato a competência técnica e experiência suficiente para contribuir com o momento de grave crise econômica que Minas Gerais enfrenta, e que foi comprovada pelo adjunto nas áreas da gestão e economia”, disse.
Sobre os processos contra Adriano, o governo disse que todas as acusações já foram esclarecidas nos devidos fóruns judiciais. “Não houve na época nenhuma condenação e nenhum pedido de prisão, apenas de intimação, que foi legalmente cumprido e possibilitou os devidos esclarecimentos. A exoneração do cargo de secretário de Meio Ambiente, em março de 2014, foi realizada a pedido do próprio servidor”, afirma.