Vereador é preso em desdobramento da operação "Dolos" em Ipatinga - Itabira Online
domingo, dezembro 3

Vereador é preso em desdobramento da operação “Dolos” em Ipatinga

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Mais dois vereadores foram presos nesta quarta-feira (20) em Ipatinga por conta da operação Dolos, que investiga um esquema de manipulação de salários de funcionários da Câmara e prefeitura. O vereador Rogério Antônio Bento, o Rogerinho, que está sem partido e era considerado foragido, se entregou à Justiça e Wanderson Silva Gandra (PSC) foi preso durante reunião na Câmara. Além deles, o vereador Luiz Márcio Rocha (PTC), já havia sido detido na operação na sexta-feira (15), além de um chefe de gabinete, que é considerado responsável por recolher o dinheiro do esquema.

Ao todo, 12 pessoas foram denunciadas na operação, entre vereadores, assessores, contadores, corretores de imóveis e comerciantes. O vereador Paulo Reis (PROS) é um dos investigados, dentre outros não citados nominalmente, mas ele não teve mandado de prisão expedido.

Em coletiva concedida à imprensa na segunda-feira (18), membros do Gaeco, Ministério Público, polícias Civil e Militar detalharam os trâmites da operação e como o esquema ocorria. As investigações dão conta de que vereadores pagavam assessores e demais funcionários contratados e exigiam parte do salário de volta.

“Os valores ainda estão em apuração. A gente apurou em alguns casos devolução de R$ 800 mil por mês. Não se estendia só ao servidor da Câmara, mas também do próprio Executivo. Porque o vereador indicava esse servidor no Executivo. Com base nisso, ele se achava no direito de extorquir desse servidor parte dessa remuneração de volta”, explicou o promotor Matheus Beghini.

Entenda o caso

A operação Dolos é uma ação em conjunta do Ministério Público, Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), polícias Civil e Militar. Segundo as investigações, vereadores de Ipatinga contratavam assessores e exigiam deles parte do salário de volta.

De acordo com o MP, a verba era arrecadada de mais de uma maneira. A primeira delas no recebimento e entrega de valores em espécie ao representante do Legislativo por parte do funcionário contratado. A segunda modalidade era a retenção do cartão bancário, com o repasse de pequeno valor ao funcionário e manipulação na folha de ponto; muitos destes funcionários, segundo o Gaeco, eram “fantasmas”. A terceira, o vereador determinava a realização de empréstimos bancários por parte de servidores com o saque e transferência para contas de interpostas pessoas que eram usadas como laranjas visando maquiar o real destino dos valores.

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