
Uma vida, quanto vale? Se for de gente, de bicho, de rio nada vale. Mais vale a Vale! Que paga Imposto Que enche o bolso De quem não é povo.

Acabou-se o Doce. Deixou na boca o amargo gosto da impunidade.
Acaba o Paraopeba E com ele vidas Que nada valem Mais vale a Vale!
E o Velho Chico tranquilo Lá pras bandas da Bahia recebe tal mortandade.
Chora Minas! Chora lágrimas.
Chora Doce. Chora Sangue. Enquanto a lama vai matando as águas puras que nascem em suas entranhas.
Mais vale a Vale!
Ailton Krenak
A DESTRUIÇÃO DE BRUMADINHO, EM FOTOS





















fonte: Època/Xapuri