O desastre em Brumadinho deixou em alerta outras comunidades vizinhas a mineradoras. Na cidade de Itabira, também em Minas Gerais, uma barragem da Vale com risco de rompimento funciona sem plano de emergência ou sirenes para alertar os moradores do entorno.
Algumas horas depois que o prefeito falou que “as barragens de Itabira, são as mais seguras do Brasil” a Bandnews exibiu uma matéria, com o depoimento de uma técnico que não atestou a barragem, depois de constatar problemas.
Durante entrevista coletiva na tarde de hoje (31/01), o prefeito de Itabira, Ronaldo Lage Magalhães (PTB), se solidarizou com as vítimas e as famílias das vítimas da tragédia de Brumadinho, na Grande Belo Horizonte, e disse que cobra da mineradora Vale, celeridade na conclusão do Plano de Contingência para a Segurança das Barragens (ações de proteção e defesa civil, organizando as ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação. Assim, para cada uma destas ações, haverá responsabilidades específicas, integradas a um sistema de gestão sistêmica e contínua), iniciado há cerca de oito meses, segundo o prefeito.
“Estou em contatos diários com a gerência da Vale em Itabira desde a última sexta-feira (25/01), e ela me garantiu que o sistema das barragens de Itabira, são e estão completamente seguras. Todas elas foram revisadas no último final de semana”, pontuou o prefeito.

Ronaldo Magalhães citou os rumores em torno da segurança de uma das principais barragens em Itabira, a do Itabiruçu, no complexo da Mina de Conceição, e sem apresentar laudos técnicos destacou; “a barragem do Itabiruçu é a mais segura do Brasil”, exclamou o prefeito.
Sobre a decisão da Vale em fechar suas barragens a montante existentes em Minas Gerais, Ronaldo Magalhães, revelou preocupação. “Fechar essas barragens foi uma decisão arrojada da Vale, porém não creio que essa decisão dará fim a extração de minério no Estado, mas o fechamento delas impactará nas arrecadações dos municípios e até mesmo do Estado”.
O setor de extração de minério representa cerca de 65% de tudo o que é arrecadado em Itabira por meio dos royalties e da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais(Cfem).
Até o fechamento da matéria não recebemos retorno do setor de comunicação da empresa Vale sobre o assunto.